segunda-feira, 8 de julho de 2024

 A “CIDADE VERMELHA” E O NAVIO-PRISÃO RAUL SOARES: a influência da Ditadura Civil-Militar na cidade de Santos/SP


Maria Eugênia Ramos Ferreira


Introdução

Uma vez conhecida como a “cidade vermelha”, a cidade de Santos/SP foi duramente afetada pela Ditadura Civil-Militar instaurada em 1964. Estabeleceram-se uma série de medidas para controlar a região, entre elas: a chegada do navio-prisão Raul Soares, rebocado do Rio de Janeiro, em 24 de abril de 1964. O navio ficaria na cidade até novembro, quando é rebocado de volta ao Rio de Janeiro e desmontado (BURATTO, 2017); e, em 12 de setembro de 1969, o município passa a ser considerado área de Segurança Nacional em virtude do Decreto-Lei nº 865 (BRASIL, 1969) e, deste modo, passaram a ser realizadas eleições indiretas para o cargo de prefeito. 

Atracado no Porto de Santos, tomado por inúmeras avarias, o navio serviu de prisão e espaço de tortura para cerca de 500 presos políticos, muitos sindicalistas ou integrantes do movimento estudantil. Assim, iniciaremos o presente trabalho abordando a trajetória percorrida pelo movimento sindical em Santos até o golpe militar de 1964. 


Os caminhos do movimento sindical em Santos/SP

São diversas as razões para o controle ditatorial no município caiçara. De acordo com Rosa Maria Cardoso da Cunha (s/d, p. 3), “os trabalhadores e seu movimento sindical constituíram o alvo primordial do golpe de Estado de 1964, das ações antecedentes dos golpistas e da ditadura militar”. Destacaremos, neste sentido, a importância do movimento sindical na região.

Em virtude das transformações passadas por Santos devido ao porto, ao aumento das exportações de café e da movimentação de navios, o movimento operário destacou-se em nível nacional. O autor Rafael Pedroso Buratto (2017) indica que em 1897 ocorreu uma das primeiras greves no município que durou 15 dias. Os trabalhadores reivindicavam melhorias na área da segurança para exercerem suas atividades e o ajuste de seus salários, a greve foi interrompida com a chegada de tropas à Santos por meio de um navio cruzador à mando do Estado (BURATTO, 2017). 

Os carroceiros iniciam outra greve em 1904, esta é aderida por outras classes trabalhadoras e a cidade passa pelo risco de ficar sem abastecimento. Exigia-se aumento de salários e regulamentação das admissões e demissões dos empregados, novamente a greve é interrompida violentamente com a intervenção do Governo Federal que enviou outro navio cruzador para a cidade. Quatro anos depois instaura-se uma nova greve, mobilizada pelos operários da Companhia Docas, empresa privada que administrava as operações do porto santista. Os trabalhadores reivindicavam uma jornada de trabalho de 8 horas e o aumento salarial. Foram reprimidos violentamente com tropas do exército, o que gerou inúmeros conflitos. Para controlar a situação e finalizar a greve, a Associação Comercial de Santos promoveu negociações entre grevistas e a Companhia Docas. A greve foi encerrada com o governo comprometendo-se e responsabilizando-se pelo reajuste salarial dos operários (BURATTO, 2017).

Estes são alguns exemplos de greves ocorridas na região que tiveram, como resposta, a violência do Estado. A tensão na cidade e a instauração de greves gerais, paralisações e manifestações ocorreram até a década de 1920. Buratto (2017) identifica que: “Os sindicatos lutavam por redução na jornada de trabalho, regularização do trabalho de mulheres e crianças, aumento de salário e até contra a

inflação.” (p. 17). 

As lutas dos sindicatos unificou-se através do Fórum Sindical de Debates (FSD), fundado em 1953 por líderes sindicais de diversos setores. Nele, agregou-se 53 sindicatos da baixada santista. Tornou-se, nesse sentido, símbolo da “[...] unidade de pensamento e ação dos trabalhadores” (2017, p. 19). No final da década de 50, por exemplo, todos os setores do porto de Santos estavam mobilizados “[...] em manifestações de solidariedade às organizações de classe” (2017, p. 19). Apesar do FSD não ter sido reconhecido pelas autoridades estaduais e federais, a Câmara Municipal de Santos considerou-o como uma utilidade pública.

  Nos anos seguintes, entre 1960 a 1964, o Brasil viveu o auge da luta sindicalista (RODRIGUES, 1997 apud COELHO, 2019), o que foi sentido em Santos. O pesquisador Leôncio Martins Rodrigues (1997), citado pelo professor Helder Marques de Sousa Coelho, afirma:  

A cidade de Santos sempre ocupou um espaço relevante no movimento sindical do País em virtude da importância de seu porto no qual os comunistas tiveram um papel destacado em vários momentos. Nos primeiros anos da década dos sessenta, o papel de Santos e da Baixada Santista na política e no sindicalismo brasileiro viria a se ampliar ainda mais depois da implantação de novas atividades industriais de base, como a Refinaria Arthur Bernardes e a Cosipa, que fizeram do Sindipetro e dos Metalúrgicos de Santos, ao lado do Sindicato da Estiva, forças importantes no movimento sindical e mesmo na política do País (RODRIGUES, 1997 apud COELHO, 2019, p. 75).


Até o início da ditadura civil-militar, a cidade de Santos enfrentou inúmeras greves e paralisações: foram registradas seis paralisações em 1960; no ano seguinte, cinco paralisações no porto e uma greve geral na baixada santista; em 1962, três greves gerais na região e 18 movimentações para início de greves, ou seja, estados de greve; 23 greves realizadas no porto de Santos durante o ano de 1963. Essas greves tiveram diversos motivos, entre eles a questão trabalhista e o apoio ao movimento das demais categorias. Em setembro deste mesmo ano, por exemplo, o Fórum Sindical de Debates e a União dos Sindicatos da Orla da Marítima de Santos convocaram uma greve geral em solidariedade aos funcionários da Santa Casa de Misericórdia de Santos que se negou a atender as reivindicações destes (BURATTO, 2017, p. 19; COELHO, 2019, p. 76). 

Sobre esta última greve em específico, o governador de São Paulo, Adhemar Barros respondeu violentamente. A polícia militar prendeu cerca de 200 pessoas, o que ampliou o movimento. O Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) respondeu ameaçando uma greve geral de amplitude nacional e o Ministro da Guerra, Jair Dantas Ribeiro, ameaçou ordenar a intervenção na cidade (COELHO, 2019, p. 76). O Secretário de Segurança Pública de São Paulo acusou José Gomes, prefeito de Santos, de inflar a greve, ameaçando prender José Gomes. O prefeito, por sua vez, publicou uma nota clamando pela resistência da população. 

O governo de João Goulart passou a trabalhar, por intermédio do Ministro do Trabalho, Amaury Silva, para encerrar a greve, liberar os presos e dar um fim às inúmeras ameaças. Quatro dias após o início da greve, o FDS declara nos jornais que a greve foi suspensa e que o movimento grevista saiu vitorioso. É importante apontar que essas greves apresentavam resultados, o setor portuário conquistou no ano de 1963 “[...] um conjunto de 17 benefícios, entre eles, férias em dobro, licença-prêmio e complementação aos aposentados para equiparação salarial com os portuários da ativa.” (COELHO, 2019, 76). 

No ano seguinte, em 31 de março de 1964, os militares desferiram um golpe de Estado. Neste dia, os sindicatos mais influentes da cidade foram invadidos, sendo eles: o Sindicato dos Empregados na Administração Portuária e o Sindicato dos Estivadores e dos Conferentes de Carga e Descarga. Buratto (2017) entende que a escolha de invadir primeiro estes dois sindicatos deu-se “[...] por serem potencialmente perigosos devido à quantidade de trabalhadores que poderiam ser

mobilizados em pouco tempo” (2017, p. 20). Em sequência, os sindicatos sofreram com a intervenção do Estado, sendo atribuídos interventores civis que estivessem ligados às suas categorias.

Cardoso (s/d) afirma que “[...] cerca de 70% dos sindicatos com cinco mil filiados ou mais” (p. 6) sofreram intervenção durante a Ditadura Civil-Militar. Entre os anos de 1964 a 1970 foram afetadas 536 entidades e cassados cerca de dez mil dirigentes sindicais (GASPARI, 2002 apud CARDOSO, s/d). Além do cerceamento aos sindicatos, o Estado brasileiro empenhou-se em empregar uma política terrorista à população brasileira. A seguir iremos observar um desses casos a partir do navio-prisão Raul Soares.


O navio-prisão Raul Soares: da estrutura às torturas

Chega, no dia 24 de abril de 1964, o navio-prisão Raul Soares aos mares santistas. Construído em 1900 por uma armadora alemã e batizado de Cap Verde, o navio transportava até 580 passageiros. Ao final da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o navio foi repassado aos britânicos, momento em que permaneceu inutilizado até 1922, quando foi recomprado pela armadora alemã Hamburg Süd (SOUZA, 2004, p. 24). Agora, sob o nome Madeira, o navio realizava viagens entre a Europa e a América do Sul. Deixa de transportar somente pessoas, inserindo-se no mercado de transporte de cargas. 

O Memorial da Resistência, em material produzido no ano de 2014 e denominado “Navio Raul Soares”, entende que devido aos avanços da construção naval, o navio Madeira tornou-se abaixo da qualidade esperada e, em 1925, foi comprado pela empresa Lloyd Brasileiro, uma estatal nacional de navegação. Assim, rebatizaram-o para “Raul Soares”. Sobre os usos do navio, Buratto (2017, p. 22) indica:

A embarcação foi utilizada na rota Norte e Nordeste do país para o Porto de Santos, transportando migrantes e cargas. Durante a Segunda Guerra Mundial, Raul Soares foi cedido para o transporte da Força Expedicionária Brasileira em viagens de ida e volta à Europa.


Foi desativado e permaneceu atracado no cais da Ilha de Mocanguê até 1964, quando os militares requisitaram-o em função da superlotação dos cárceres. Circunstância comum à Ditadura Civil-Militar uma vez que: “Espaços anódinos ao sistema prisional foram tomados “emprestados” para caber os que cometeram o crime de pensar diferente dos que chegavam para comandar o país.” (COMISSÃO, 2013, p. 2).

O navio foi pintado de preto, rebocado para Santos pelo rebocador “Tridente” da Marinha de Guerra e atracado na Ilha de Barnabé, no porto de Santos. Dividiu-se os porões em pequenas celas e os calabouços do navio eram utilizados para torturas. Ironicamente, as celas em que ocorriam as torturas receberam os nomes de boates localizadas em Santos. Buratto (2017) identifica três celas: “El Marroco” denominava a cela próxima a caldeira do navio, em que o calor era insustentável; ao passo que “Night and Day” referia-se a cela ao lado do frigorífico; e “Casablanca” onde as fezes dos presos eram jogadas (2017, p. 25). 

Entre os seus primeiros presos políticos estavam “[...] sindicalistas e operários que haviam se envolvido nas inúmeras greves que atravessaram as décadas de 1950 e 1960 no litoral paulista, e militares que não apoiaram o golpe.” (PROGRAMA, 2014, p. 3). Buratto (2017, p. 23) afirma que os primeiros presos políticos eram quarenta sargentos do Exército e da Aeronáutica, confinados, até então, na Base Aérea de Santos e no Forte dos Andradas, ambos em Guarujá/SP. 

Acerca desta questão, o relatório, encontrado nos arquivos do Comitê Brasileiro pela Anistia no acervo Armazém Memória, revela que o golpe de 1964 provocou uma repressão generalizada e indistinta de civis e militares. O documento reafirma o que foi levantado por Buratto (2017), entre os militares presos estavam sargentos e marinheiros que se aliaram às forças revolucionárias ou progressistas. Com relação aos civis foram perseguidos, principalmente, os integrantes do movimento camponês, dos sindicatos, associações, federações e ligas. A repressão, no entanto, não restringia-se somente a estes, deste modo, estudantes, funcionários públicos e ferroviários, por exemplo. O Comitê resume: 

todos os que, de uma forma ou de outra, haviam se organizado e participado, com maior ou menor intensidade, na luta pela transformação da sociedade brasileira, se viram de um instante para outro privados de suas entidades de classe, perseguidos em suas casas ou locais de trabalho; inúmeros foram presos e torturados (s/d, p. 73). 


A Comissão Nacional da Verdade (2014) identifica que o navio-prisão Raul Soares recebeu presos em massa. De acordo com o relatório da Comissão (2014, p. 309): 

As prisões em massa começaram a ocorrer antes mesmo do início do golpe militar, mas já dentro de sua lógica e fundamento, com o fim de inviabilizar a atuação dos sindicatos e as conquistas que poderiam advir da luta dos sindicalistas em favor dos trabalhadores brasileiros.


O navio estava em condições precárias e recebeu cerca de 500 presos. Este número é estimado pela jornalista e pesquisadora Lídia Maria de Melo, autora do livro “Raul Soares: um navio tatuado em nós”. É preciso, segundo a jornalista, computar as pessoas que passaram dois ou três dias no navio, atualmente contempla-se apenas os que permanecerem meses no navio-prisão (PROGRAMA, 2014, p. 3). 

Entre os presos estavam, por exemplo, o Dr. Thomas Maack, médico e antigo professor da Universidade de São Paulo - USP. Maack envolveu-se, desde sua juventude, com o movimento estudantil e sindicatos. Era auxiliar de ensino no Departamento de Fisiologia da FMUSP quando foi preso em 8 de junho de 1964. Levado por agentes do Departamento da Ordem Pública e Social (DOPS), o médico era acusado de subversão e de planejar a inserção do comunismo no Brasil. Passou três semanas no Quartel do Exército de Quitaúna, em Osasco/SP, até ser transferido para o Palácio da Polícia em Santos/SP. Passou quatro meses incomunicável no navio-prisão Raul Soares (COMISSÃO, 2014, p. 8). 

Maack, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, afirma: 

Meus pais não puderam me ver enquanto eu fiquei preso porque em Quitaúna e no Raul Soares eu estava incomunicável, e no Palácio da Polícia para onde fui levado quando a “prisão” do navio foi desativada, as condições eram tão ruins e deprimentes, que eu não queria que eles me vissem naquele lugar (2014, p. 8). 


Ademar dos Santos, líder sindical do Sindicato dos Serviços Portuários e diretor suplente da Federação Nacional dos Portuários, foi preso em 1964. Afirma-se que, dias antes do golpe, o sindicalista foi fotografado ao lado de Leonel Brizola, Miguel Arraes, Francisco Julião e outras lideranças em um encontro de metalúrgicos na cidade de Contagem, MG (COMISSÃO, 2014, p. 10). De início, enviaram-o para unidades militares até, por fim, ser encarcerado nos porões do navio Raul Soares. O relatório aponta que Ademar dos Santos permaneceu incomunicável por noventa e dois dias o que se enquadra em uma situação de isolamento prolongado “[...] que viola a integridade psíquica e moral da pessoa e os direitos de ter uma defesa efetiva e de questionar a legalidade da detenção.” (2014, p. 825). O sindicalista relatou à Comissão:

Depois de uma incomunicabilidade de 92 dias no camarote 29, os colegas Iradil e Aldo Ripasarti reivindicaram o fim de sua incomunicabilidade e a descida para o porão. Eu estava todo este tempo sem falar com nenhum deles e sem banho de sol ou arejamento, como chamavam (2014, p. 825). 


As condições no navio-prisão eram precárias, as celas eram invadidas pela água do mar, “[...] em algumas a água chegava até o joelho.” (2014, p. 825), constantemente o navio era infestado por insetos. Além disso, os presos enfrentam muito frio, pois não havia cobertas para todos e o chão era frio e úmido. Com relação a alimentação, o documento revela que, em diferentes depoimentos, descreveu-se a comida como “‘nojenta’, ‘ruim’, e feita em péssimas condições de higiene, e os presos tinham que utilizar colheres que não eram lavadas.” (2014, p. 825). Na questão de saúde, o médico Thomas Maack teve que ajudar no atendimento dos presos e tripulantes, muitos com doenças crônicas, uma vez que o médico encarregado pelo serviço no navio deixou de comparecer. Em função disto, Maack foi homenageado pela Câmara Municipal de Santos e pelos Sindicatos e Trabalhadores Unidos do Porto de Santos com o título “Cidadão Portuário” em 2012. 

Quando as visitas eram permitidas ocorriam de modo humilhante para as companheiras e familiares dos presos, desta forma, enfrentavam 

[...] revistas vexatórias nos navios, situação que infringe a integridade e a dignidade humana. Há relatos de que, no Raul Soares, as mulheres eram obrigadas a ir de vestidos, não podiam usar calças, para que, quando subissem a escada de corda do navio, fossem zombadas pelos militares (2014, p. 825). 


As mulheres deviam ficar nuas para as revistas que eram realizadas por outras mulheres. O uso de vestidos era obrigatório nas repartições públicas. Wilma Maransaldi, neta de Waldemar Neves Guerra (presidente do Sindicato da Administração dos Serviços Portuários), relembra que se indignava com essa situação durante as visitas ao seu pai no navio-prisão Raul Soares. Ademais, os militares proibiram constantemente que as famílias levassem alimentos para os presos. Maransaldi recorda (2014, p. 826): 

[...] tem uma imagem que não me sai da lembrança. A de Geni

 Guarnieri, que não conseguia subir a escadinha estreita, de corda. Chorava de medo enquanto os marinheiros riam dela. E também a da esposa do Osmar Alves Campos Golegan, que estava grávida e também tinha dificuldade para subir. Nenhum deles ajudava. 

As visitas aos presos “incomunicáveis” ocorriam com a presença de dois soldados. Benedita Ripassarti, viúva de Aldo Ripassarti, relatou à Comissão: “Íamos para a fila no porto às quintas-feiras e domingos pegar o passe para entrarmos nas lanchas que nos levavam até o navio. Eu preparava algumas merendas para ele.” (2014, p. 826).

No navio os presos políticos sofriam com torturas físicas e psicológicas nas celas improvisadas. Nelson Gatto relatou serem constantes as ameaças de serem jogados em alto-mar ou aprisionados nos calabouços do navio, outros relatos indicam que os militares ameaçavam afundar o navio em alto-mar com todos dentro. Entre as práticas de tortura física estava a transferência constante de presos entre celas próximas a caldeira e celas próximas ao frigorífico. Vários presos políticos enfrentaram essa forma de tortura, no relatório da Comissão Nacional da Verdade (2014) destacam-se os nomes de Nelson Gatto, Aldo Ripassarti e Tomochi Sumida. 

O estudante Tomochi Sumida, na época diretor da UNE, permaneceu trancado em um frigorífico: “De tempos em tempos era permitida a entrada de ar. Em seguida era levado para a cabine ao lado da caldeira. Franzino, Sumida parecia ficar a cada dia mais debilitado em razão dessas bruscas mudanças de temperatura.” (OLIVEIRA, 2013, p. 50 apud PROGRAMA, 2014, p. 5). 

Maack confirma, em depoimento, a série de torturas contra Sumida. De acordo com o médico, o aprisionamento em celas inundadas, como ocorreu com ele, ou em celas com variações extremas de temperatura eram as formas de castigo e punições mais comuns. Assim, os presos pediam-lhe que os ajudasse e Maack encarregava-se de informar para o comandante do navio que a tortura estava afetando a saúde dos presos. 

Afirma em seu relato: “O caso mais grave que vi foi o de Tomoshi Sumida, que era frequentemente encarcerado na “cela quente e fria” e realmente sua saúde estava sendo afetada” (COMISSÃO, 2014, p. 826). Deste modo, avisou o comandante do navio que era preciso cessar a tortura: “o comandante do navio tinha realmente um medo enorme que algum dos prisioneiros morresse no navio, um medo que se devia menos a compaixão por prisioneiros, do que o medo que os outros prisioneiros se revoltassem.” (2014, p. 826).

Percebemos, portanto, as mudanças de utilidade do navio Raul Soares: de um simples navio de passageiros alemão à navio-prisão que atuou, inclusive, como encarceramento na Revolta Tenentista do início da década de 1920 (RODRIGUES, 2014 apud PROGRAMA, 2014, p. 2). A ideia de transformar um navio em uma prisão devia-se, nesse sentido, ao cerceamento de direitos para os prisioneiros. Basicamente, a possibilidade de executar o que os militares desejassem.   


Considerações Finais

Sete meses após seu atracamento no porto de Santos, o navio-prisão Raul Soares foi desativado. Alguns presos foram libertados, enquanto outros foram encaminhados para as cadeias do Palácio da Polícia na cidade. As torturas físicas e psicológicas com presos e familiares revela uma situação de constante violação dos direitos humanos. 

Entendemos que o papel fundamental na luta sindical, a localização estratégica e a existência do maior complexo portuário da América Latina na cidade tornaram Santos área de interesse nacional e motivo de grande preocupação para as autoridades golpistas. Os sindicatos existentes possuíam forte capacidade de mobilização rápida, o que representava um risco para os militares. Além disso, o Fórum Sindical de Debates (FSD) possuía amplo alcance nacional, podendo “[...] movimentar grandes massas de operários contra o governo, e proporcionar greves gerais, paralisando cidades.” (2017, p. 32). 

Mostrou-se necessário, portanto, invadir e desmantelar sindicatos e organizações civis. Os que não foram fechados, receberam interventores sindicais indicados pelo Estado, estes deviam “[...] articular e aprovar propostas do governo e

evitar as greves.” (2017, p. 32). Somadas as ações contra os sindicatos, era preciso impossibilitar a organização política dos santistas. Assim, a cidade sofreu com a intervenção federal que durou quinze anos e despolitizou a sociedade. 

Como tentativa de sufocar qualquer possível organização de resistência à Ditadura Civil-Militar, compreendemos que o governo militar utilizou o navio-prisão Raul Soares como forma de aterrorizar a “cidade vermelha”, os militantes políticos e todo o estado de São Paulo. 


Referências Bibliográficas

BRASIL. Decreto-Lei n. 865, de 12 de setembro de 1969. Declara de interesse da Segurança Nacional, nos termos do art. 16, § 1º, alínea b, da Constituição, o Município que especifica, e dá outras providências. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 1969. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/del0865.htm>. Acesso em 22 out. 2023. 

BURATTO, Rafael Pedroso de Campos. Raul Soares: Um Navio que veio à Santos silenciar. Monografia (Especialização em História, Sociedade e Cultura) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2017.

COELHO, Helder Marques de Sousa. Jornal Sem Patrão: O Preto no Branco no enfrentamento da ditadura militar. Dissertação (mestrado em Comunicação Social) - - Diretoria de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2019.

COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE (Brasil). Brasília, 15 maio 2015. Disponível em: <https://www.docvirt.com/docreader.net/ComissaoVerdade/30431>. Acesso em 20 out. 2023.

COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE (Brasil). Navios-prisões [relatório]. Contextualização, fundamentos e razões do Golpe Civil-Militar de 1964. 2014.

COMITÊ Brasileiro pela Anistia. Relatório. Disponível em: <https://www.docvirt.com/docreader.net/DocBNM/63513>. Acesso em 15 out. 2023.

CUNHA, Rosa Maria Cardoso da. A luta dos trabalhadores por verdade, justiça e reparação [relatório]. Grupo de Trabalho: Ditadura e Repressão aos Trabalhadores, às Trabalhadoras e ao Movimento Sindical, s/d.

PROGRAMA Lugares da Memória. Navio Raul Soares. Memorial da Resistência de São Paulo, São Paulo, 2014.

SOUZA, Manoel Fernando F. de. Raul Soares: 40 anos de uma amarga lembrança. Revista Santos Modal: Santos, junho de 2004, p. 24.


 

Relaciones Económicas Venezuela-China


(2000-2018)


Jesus Alberto Leon


Resumen
         Este artículo científico aborda y describe las Relaciones Económicas y diplomáticas entre Venezuela-China, esta historia se remonta a finales del siglo XX, cuando ambos países establecieron vínculos formales en 1974. Sin embargo, fue en los últimos años cuando estas relaciones se fortalecieron significativamente.
           El ascenso del presidente Hugo Chávez en 1999 marcó el comienzo de una asociación más estrecha, impulsada principalmente por el interés mutuo en los recursos energéticos y la oposición a políticas consideradas hegemónicas por Estados Unidos. Desde entonces, los vínculos diplomáticos y económicos entre Venezuela y China se han intensificado, con importantes acuerdos en áreas como energía, comercio e inversión.
             China se ha convertido en un socio importante para Venezuela, brindando inversión y asistencia financiera, mientras que Venezuela exporta petróleo y otros recursos naturales a China. Esta relación estratégica tiene implicaciones significativas para ambos países y para la geopolítica global. Venezuela posee vastas reservas de petróleo y China es uno de los mayores consumidores mundiales de este recurso. La asociación permite a Venezuela suministrar petróleo a China, asegurando un suministro estable para la creciente demanda energética de China. Además, China invierte en varios sectores de la economía venezolana, como minería, agricultura, telecomunicaciones e infraestructura, contribuyendo al desarrollo económico del país.
Palabras claves: China, Venezuela, Cooperación, Asociación bilateral, desarrollo económico.
Introducción
            Este artículo científico analiza los acuerdos de préstamo de petróleo entre China y Venezuela y su importancia en la asociación bilateral entre ambos países. La relación chino-venezolana se caracteriza por una importante cooperación económica, en la que China otorga préstamos a Venezuela a cambio de suministros de petróleo. Las relaciones chino-venezolanas han sido significativas a lo largo de la historia, especialmente a partir de la llegada de Hugo Chávez a la presidencia de Venezuela en 1999. Durante la Guerra Fría, en 1974 se establecieron relaciones diplomáticas entre ambos países, marcando un hito importante en su interacción.
         Además, la asociación cubre varios sectores, como tecnología, infraestructura y política, contribuyendo al desarrollo económico y la estabilidad. Venezuela ha recibido inversiones directas de China, con condiciones favorables establecidas por el gobierno venezolano, lo que ha sido facilitada por la recepción de Inversiones Extranjeras (IED) chinas en el país (Piña, 2018, p. 6).
                La relación entre China y Venezuela en el contexto de préstamos e inversiones ha despertado un interés creciente por las implicaciones económicas, políticas y sociales que implica. La dependencia de Venezuela de los préstamos chinos, especialmente en el sector petrolero, plantea dudas sobre la sostenibilidad de la deuda venezolana y las consecuencias de esta relación asimétrica.
             En este contexto, resulta fundamental analizar la dinámica de los préstamos chinos a Venezuela, los métodos de pago adoptados y los impactos de estas transacciones financieras,Venezuela enfrenta una crisis económica y política sin precedentes, agravada por la caída de los precios del petróleo y la excesiva dependencia de los préstamos chinos. La cuestión de la capacidad de pago de la deuda y las condiciones asociadas a los préstamos plantean desafíos importantes para el país, generando preocupaciones sobre la soberanía financiera y la sostenibilidad económica a largo plazo.
             Con base en el análisis de la relación entre China y Venezuela en el contexto de lospréstamos, se plantea la hipótesis de que la dependencia de Venezuela de los préstamos chinos tiene impactos significativos en la economía venezolana y la política interna del país. Además, se sugiere que las formas de pago de los préstamos, incluido el uso del petróleo como garantía, influyen en la dinámica de las relaciones financieras entre los dos países.
                El objetivo general de este estudio es analizar la relación entre los préstamos chinos y Venezuela, investigando los métodos de pago adoptados, los impactos económicos y políticos de estas transacciones y las perspectivas de futuro de esta relación bilateral.
                    Para lograr el objetivo propuesto se realizará una revisión exhaustiva de la literatura sobre la relación China-Venezuela en el contexto de préstamos e inversiones. Se analizarán documentos oficiales, informes especializados y artículos académicos para comprender la dinámica de los préstamos chinos a Venezuela.
Contexto Histórico
                   La cooperación del Sur-Sur ha desafiado el sistema político-económico global dominado por el Norte desde la Conferencia de Bandung en 1955. Con los recientes avances económicos y diplomáticos de los países emergentes, especialmente China, existe un consenso creciente sobre la importancia de poner esta cooperación en primer plano del escenario mundial. La cooperación chino-venezolana emerge como un modelo innovador que se adapta a las realidades de los países en desarrollo, dado que China es el mayor importador de petróleo del mundo y Venezuela tiene un potencial significativo como proveedor, esta asociación bilateral es altamente complementaria.
                 El enigmático desarrollo de China en el último cuarto del siglo XX y su ascensión como actor económico global en el XXI, se ha convertido en tema obligado de los foros de discusión política y económica a escala global; más aún, cuando el gigante asiático ha implementado de forma exitosa una mezcla de desarrollo económico y social sin alterar la esencia de su sistema político; lo que ellos han dado en llamar “Un país, dos sistemas” (Den Xiaoping, 1984). Ahora, cuando Venezuela atraviesa uno de los momentos más difíciles de su historia republicana, es precisamente el nombre de China el que sale a relucir en dicha coyuntura.
                   Desde la culminación del siglo XX y con la llegada del fenómeno político bautizado como la Quinta República, las vinculaciones entre el país suramericano y el coloso asiático se han profundizado a niveles sin precedentes, desafiando por lo menos de momento, a quien fuera desde hace más de un siglo,el actor con mayor influencia en la vida venezolana, los Estados Unidos de América.
                    La relevancia de Venezuela en términos geopolíticos se debe a su ubicación estratégica, sus vastas reservas de petróleo y sus relaciones internacionales. Según Sandner (1982), Venezuela e encuentra en una posición geográfica clave en América del Sur, con acceso al Océano Atlántico y al Mar Caribe, lo que la convierte en un punto crucial para el comercio marítimointernacional y el tráfico energético (Quiroz Encinas,2023, p.4).
                Además, Venezuela es considerada un importante proveedor de energía, especialmente paraEstados Unidos, debido a sus extensas reservas petroleras. Esto le otorga una posición de poder en las negociaciones a nivel internacional y la ha convertido en un actor relevante en el escenario mundial (Guía, 2010). Las alianzas y acuerdos de cooperación energética que Venezuela ha establecido con diversos países, tanto en América Latina y el Caribe como en Asia y Europa, han contribuido a su influencia geopolítica y a su capacidad para diversificar sus relaciones internacionales (Quiroz Encinas,2023,p.19),como resaltan (Brandt & Pina) venezuela y china establecen relaciones diplomática en los años 90, para ese momento con la guerra fría como telón de fondo, hubo dos acontecimientos que influenciaron en las relaciones entre el mundo especializados y los países exportadores de materias prima.(Brandet & Piña, 2018, p. 3).
                  El embargo petrolero de 1973 y la creación de la agencia internacional de energía al año siguiente, en ese contexto venezuela había entrado en la OPEP en 1960 y impulsionar el diálogo Norte-Sur y busco la diversificación de sus relaciones económica y políticas , buscando construir espacios coordinación, concertación y negociación (Elza Cardozo,2005). Cabe destacar que en los años 50 venía desplegando una activa “diplomacia petrolera”, destacando sus representaciones a personal especializado, tanto en países consumidores como productores (Delia Picon,1999).
                      Por su vez, china comenzaba a salir del aislamiento ejerciendo una política exterior pragmática, basada en el interés internacionalizarse y evitar episodio de hostilidad con la URSS, razon que permitio normalizar sus relaciones com USA, lograndolo en 1972, previamente había ingresado en la ONU y fomentando el acercamiento hacia américa latina. Como resalta Brandt & Piña (2018). En 1974, el intercambio comercial entre ambos países fue de US$ 1,4 millones incrementándose de forma sostenida hasta 1999 cuando promedió los US$ 400 millones cuando se suscribieron 36 instrumentos de cooperación en los sectores petrolero, científico, manufacturado, comercial , agrícola , ganadero y pesca, con el establecimiento en venezuela de 11 empresas de capital chino (MPPRE,2013). En el ámbito petrolero , según datos oficiales venezolanos, solo en 1946 Venezuela exportó a China unos 29.000 barriles al año de productos refinados.
              
   El plan estratégico de relaciones diplomáticas del gobierno chávez

                Con la llegada a la presidencia de Hugo Chavez en 1999, las relaciones bilaterales recibieron un impulso sin precedentes como cambios en la política exterior del presidente Chavez influenciados por determinantes ideológicos y geopolíticos.

           Conforme mencionado por (Brandt & Piña,2018,p.4).Desde 2001, una serie de encuentros bilaterales desembocaron en el diseño del “ Plan estratégico energético China-Venezuela 2001-2011” y la concreción de la “Comisión Mixta de alto nivel”, máxima autoridad de esta relación (Brandt & Pina,2018,p.5). Esto evidenció un cambio estratégico conceptual, de diseño y de ejercicio de la nueva política exterior venezolana, teniendo como sustentos formales: 1) Las Líneas Generales del Plan de Desarrollo Económico y Social de la Nación 2001-2007 y posteriormente, 2) El Proyecto Nacional Simón Bolívar. 2007-2013. (Carlos Brandt, 2016). En 2007 se materializó el fondo de financiamiento Conjunto Chino Venezolano (FFCCV) y luego, el Fondo de Gran Volumen a Largo Plazo (FGVLP).

           Conforme mencionado por (Brandt & Piña,2018). Desde entonces la cooperación se fue estrechando, abarcando diferentes ámbitos; el económico, en sus aristas petrolera, financiera y comercial, así como el sector defensa, infraestructura, minería y tecnología; En 2014 en la Asociación Estratégica Integralque china le otorgaría su relación con Venezuela. De manera específica, la creación del (FFCCV) y posteriormente del (FGVLP) se tradujo en el otorgamiento de créditos por hasta US$ 50.300 millones, monto que se incrementa hasta los US$ 67.499 millones con los desembolsos dirigidos a los sectores petrolero, minería y construcción (Diálogo Interamericano, 2019).
Balanza Comercial Entre China y Venezuela Durante El periodo 2000-2018

          De acuerdo con los datos publicados por la Solución Comercial Integrada Mundial del Banco Mundial, el intercambio comercial acumulado entre China y Venezuela como apunta (Brandt & Piña,2018). ha alcanzado los US$ 150.64 millones entre 2000 y 2017. de esta cantidad, US$ 96.468 millones le corresponden a exportaciones realizadas desde Venezuela hacia china y lo restante US$ 54.226 millones a ventas de este país a su contraparte venezolana, por esta razón es posible afirmar que la balanza comercial ha sido favorable al país suramericano (World Integrated Trade Solution 2019).

          Al momento de realizar este documento no fue posible hallar datos relativos al comercio entreambas naciones correspondientes al año 2018. El gráfico 1 muestra la evolución de la balanza comercial, pudiéndose observar las diferentes etapas por las que ha transitado. A saber: la primera de 2000 y 2007, de bajo dinamismo; otra de fuerte dinamismo entre 2008 y 2014; luego un período de declive entre 2015 y 2016; finalmente un leve repunte en el año 2017. Al momento de realizar este documento no fue posible hallar datos relativos al comercio entre ambas naciones correspondientes al año 2018. (Brandt & Piña,2018,p.6)
                
                  Es importante resaltar que sólo cinco productos representaron el 99,5% de las exportaciones venezolanas con destino a China; estos fueron: petróleo y sus derivados (90,9%); minerales metalíferos, escorias y cenizas (6,09%); materiales de fundición, hierro y acero (1,87%); productos y compuestos químicos inorgánicos (0,24%) y; manufacturas de cobre (0,24%).

                   Entretanto, las importaciones venezolanas mostraron una tendencia un poco más variada y se enfocaron en la compra de bienes de alto valor agregado, tales como: maquinaria pesada e industrial (23,1%); aparatos electrónicos (17,7%); vehículos automóviles y tractores (11,9%); productos manufacturados de hierro y acero (6,3%) y materiales de fundición, hierro y acero (2,1%) (WITS, 2019). (Brandt & Piña,2018,p.6).

Inversiones directas de instituciones Chinas para Venezuela

                  Las inversiones directas (OFDI) desde China hacia Venezuela alcanzaron US$ 6.086 millones entre 2000 y 2018. Este monto representa 5,2% del total de la inversión realizada por empresas chinas en ALC y ubica a Venezuela como el sexto país de la región que mayor entrada de recursos ha recibido por este concepto en los últimos 18 años (Monitor OFDI). En el gráfico 2 podemos ver como comienzan las inversiones directas de China a Venezuela con variaciones con un inicio en 2003 con una leve inversión y con um maoy volumen entre 2007 y 20016.
   
                           Como resalta Brandt & Piña (2018). Los desembolsos por parte de empresas chinas comprendieron veintidós transacciones, de las cuales dieciocho pertenecen a proyectos nuevos y cuatro a fusiones y/o adquisiciones (F&A ́s). En el primer caso, la mayoría se desarrollaron bajo un esquema que comprendía la creación de empresas mixtas chino-venezolanas. Estas inversiones han podido ayudar a construir nuevas actividades económicas en sectores como el sector petrolero, telecomunicaciones, automotriz, transporte, y fabricación de electrodomésticos. Por otro lado las F&A ́s abarcaron la compra de acciones de empresas ya operativas en la industria petrolera, así como de fábricas de automóviles y de equipos electrónicos manejadas por compañías privadas (Piña, 2019b).

                              Las OFDI China en territorio venezolano se ha concentrado mayormente en el sector de materias primas (60,8%), seguido del sector de servicios (29%) y, finalmente, en el sector manufacturero (10,2%) el gráfico 3 muestra la distribución de las inversiones directas de china a venezuela como señala Brandt & Piña(2018) La generación de empleo es otro de los aspectos a destacar
cuando se analiza la inversión directa china. Al respecto, es posible afirmar que han sido creados un aproximado de 14.601 puestos de trabajo, distribuidos de la siguiente forma: sector manufacturas con 11.794 (80,8%); sector servicios con 2.169 (14,8%); y sector materias primas con 633 (4,3%). También podemos decir que la mayor partes de la inversiones directas de China hacia Venezuela en varios sectores como apunta Brandt & Piña(2018).Las OFDI china en este país se ha concentrado en el sector materias primas, han sido las inversiones en fábricas de las marcas Haier, ZTE, Huawei, Yutong, así como también las plantas de ensamblaje de la empresa Chery, las que mayor impacto han tenido en el
mercado laboral venezolano (Piña 2019; Monitor OFDI 2019).

                        Algunas de las principales inversiones directas de instituciones chinas en Venezuela en el sector petrolero incluyen, Corporación Nacional de Petróleo de China (CNPC), con la adquisición del 9,9% de las acciones de la sociedad mixta Petrosinovensa: 1580 millones de dólares en septiembre de 2018. Inversión en instalaciones para mejoramiento petrolero en la empresa mixta Petrourica 549 millones de dólares en noviembre de 2016. Inversión en plantade Orimulsión: 480 millones de dólares en septiembre de 2003. Compañía Internacional de Fideicomisos e Inversiones de China (CITIC) con la adquisición del 10% de las acciones de la sociedad mixta Petropiar: 944 millones de dólares en febrero de 2012.

Préstamos y Políticas de financiamiento 

                     Entre 2000 y 2018, los créditos aprobados por instituciones chinas a Venezuela como señala Brandt & Piña(2018). Alcanzan los US$67.499 millones cifra que representa 47,8% del total de las préstamos de instituciones China en América Latina.Analistas como Matt Ferchen, sostienen que este monto es el mayor aporte crediticio hecho por China a país alguno en el escenario global, superando sus aportes particulares a naciones asiáticas, africanas y europeas (Ministerio de Relaciones Exteriores, 2010; Ferchen, 2018; Diálogo Interamericano, 2019).

                 Los primeros préstamos realizados se ubican entre los años 2000 y 2007, período en el que se
realizaron cuatro operaciones de financiamiento cuyo monto acumulado fue de US$ 58 millones y Renminbi 434 millones, destinados al desarrollo de actividades agrícolas e infraestructura (MRE 2010; CITIC 2018).
             
                   Una segunda etapa de créditos entre los años 2007 y 2015, cuando se firman varios fondos de financiamiento como destaca Brandt & Piña(2018). Fondo de Financiamiento Conjunto Chino Venezolano (FFCCV) y el Fondo de Gran Volumen a Largo Plazo (FGVLP), a través de los cuales se integran a la economía venezolana recursos por el orden de US$ 50.300 millones (Diálogo Interamericano 2019).

                      En este sentido, la característica más relevante de estos instrumentos de deuda ha sido el establecimiento de mecanismos legales y financieros en los que las partes acuerdan el desembolso y pago de los mismos. En efecto, el modelo adoptado parece un esquema en el que el BDC presta dinero por adelantado a Venezuela, a través de Bandes que actúa como intermediario en la relación, y posteriormente, la nación sudamericana efectúa los pagos mediante el envío de petróleo a través de PDVSA.

                        Es posible identificar un periodo entre los años 2012 y 2018 como resalta Brandt & Piña(2018). Las autoridades chinas han centrado su interés en financiar –vía créditos– actividades en el sector petrolero venezolano, específicamente a empresas mixtas ubicadas en bloques de la FPO, donde empresas chinas participan en calidad de “Socio B” junto a PDVSA (Socio A). El monto de estos préstamos alcanza los US$ 11.950 millones, distribuidos en cinco operaciones de financiamiento por el orden de US$ 500, 4.000, 2.200, 250 y 5.000 millones, respectivamente. El pago de estos compromisos corresponden directamente a PDVSA, quien en su calidad de prestatario puede decidir cancelarlos con envíos de petróleo, dinero en efectivo o cualquier otro mecanismo previamente establecido entre las partes (Piña, 2019; Informes Financieros y de Gestión de PDVSA, 2013, 2014, 2015 y 2016).

                               Entre los años 2009 y 2013 fueron realizados varios préstamos , los cuales no fueron aprobados como parte del esquema del FFCCV y el FGVLP, ni estuvieron vinculados con el financiamiento dirigido a las empresas mixtas en la FPO. En líneas generales, estos créditos, cuyo valor acumulado se ubicó en los US$5.149 millones, sirvieron para atender compromisos financieros de PDVSA tanto a nivel nacional como en el extranjero con flujo de caja, así como para cubrir el desarrollo de actividades relacionadas con el sector minero.(Brandt & Piña,2018,p.9)

Fondos de financiamiento

                          Los fondos de Financiamiento Conjunto Chino-Venezolano (FFCCV) y el Fondo de Gran Volumen a Largo Plazo (FGVLP) son mecanismos de financiamiento establecidos entre China y Venezuela para apoyar diversos proyectos de infraestructura, desarrollo económico y energético en Venezuela Estos fondos fueron creados a partir de acuerdos de préstamos por petróleo firmados en 2007,con el propósito de estrechar alianzas en materia económica y financiera a cambio del suministro de crudo desde Venezuela hacia China. La composición de los fondos de financiamiento se fundamenta en aportes del Banco de Desarrollo de China (BDC) y del Fondo de Desarrollo Nacional (FONDEN), considerando el reembolso de dichos aportes de corto y largo plazo para realizar las renovaciones.

                          Además, cabe destacar que estos financiamientos han sido diseñados por la CMAN como fondos rotatorios, debido a su carácter reembolsable y renovable hasta dos veces de cada uno de los tramos, una vez sean cancelados en su totalidad. En lo que respecta a las condiciones financieras a través de las cuales se otorgaron, es preciso resaltar que los mismos variaron entre la tasa LIBOR trimestrales (corto plazo) y semestrales (largo plazo), y la tasa SHIBOR en el caso de la parte del FGVLP establecida en Renminbi (RMB) más un margen que oscila entre 50 y 300 puntos básicos aproximadamente (Medium 2017).

                           Como señala Brandt & Piña (2018). El pago de estos préstamos se ha realizado a través de envíos de petróleo de PDVSA a CNPC, según lo estipulado en la adopción de los acuerdos de creación de los fondos de financiamiento. En tal sentido, la aproximación más cercana sobre la amortización de los mismos es posible conseguirla en los Informes de Gestión de PDVSA entre los años 2008 y 2016. En dichos documentos, se establece que hasta 2016, para el repago de los financiamientos de corto plazo, que incluye los tramos A, B y C –A y B con sus respectivas segundas renovaciones–, fue enviada la cantidad aproximada de 712 millones de barriles, para un promedio de 198 Mb/d. Mientras, en el repago del FGVLP, en sus tramos I y II, se han utilizado aproximadamente 634 millones de barriles, con un promedio de envíos de 176 Mb/d (MRE, 2010; Informe de Gestión Anual de PDVSA, 2016).

Préstamos por petróleo dirigidos a la producción de petróleo

                             En 2012 el Banco de Desarrollo de China inició una política de financiamiento directa hacia el sector petrolero venezolano, destinada a atender compromisos de producción en la FPO,
previamente acordados entre PDVSA y CNPC. En total, esta estrategia se basó en la realización de cinco operaciones de financiamiento en los años 2012, 2013, 2016 y 2018, respectivamente, las cuales involucraron desembolsos acumulados por el orden de los US$ 11.950 millones; (IGA PDVSA 2016). El primer crédito que hizo el BDC a la empresa petrolera venezolana fue realizado en el año 2012 y tuvo como finalidad la compra de bienes y servicios petroleros. En el cuadro 2 se observa que este préstamo inicial contempló la transferencia de US$ 500 millones, los cuales ueron otorgados a una tasa LIBOR más 4,5% de margen, con amortizaciones trimestrales de capital e intereses, vencimiento a 6 años y un período de gracia de 30 meses. Según el Informe Financiero de PVDSA de 2016, la empresa venezolana había recibido para ese año un total de US$ 495 millones por concepto de dicho préstamo, manteniendo una deuda por pagar de US$ 318 millones hasta ese entonces (Informes Financieros de PDVSA, 2011 y 2016; (Dialogo Interamericano, 2019).

 Pagos

                   Los pagos asociados a los mecanismos de financiamiento del FFCCV y FGVLP se realizan a través del suministro de petróleo por parte de Venezuela a China. Según los datos proporcionados en el documento, se estima que el volumen total de suministro para amortizar los préstamos del Fondo Chino-Venezolano asciende a aproximadamente 1.346 millones de barriles, con un promedio de 374 mil barriles diarios por año .

                       En el período analizado, se detalla el volumen de suministro para amortización de los diferentes tramos de los préstamos, indicando los envíos de barriles diarios correspondientes a cada tramo. Por ejemplo, se mencionan los envíos para amortización de los tramos A, B, C, A-II, B-II, A-III, y B-III, entre otros . Además, se destaca que entre 2007 y 2018, los préstamos otorgados por China a Venezuela alcanzaron un valor de 62.841 millones de USD, distribuidos en 18 operaciones. De este monto, 57.250 millones corresponden a préstamos por petróleo, lo que representa el 66% de los acuerdos firmados y el 91% del monto total en millones de dólares. Estos préstamos por petróleo implican que parte de la producción petrolera venezolana esté comprometida como parte del pago

CONCLUSIONES

                                A análise da relação financeira entre a China e a Venezuela revela a complexidade e a importância desses laços para ambos os países. A questão do pagamento dos empréstimos concedidos pela China à Venezuela representa um desafio significativo, dada a magnitude da dívida acumulada e as dificuldades econômicas enfrentadas pelo país sul-americano.

                                É evidente que a capacidade da Venezuela de honrar seus compromissos financeiros com a China tem implicações diretas não apenas para sua estabilidade econômica interna, mas também para suas relações internacionais e para a dinâmica geopolítica regional. A transparência, a eficiência na gestão da dívida e a busca por soluções sustentáveis são fundamentais para garantir a continuidade e a estabilidade dessa parceria financeira.

                        Diante desse cenário, é essencial que a Venezuela adote medidas concretas para fortalecer sua capacidade de pagamento, promover reformas econômicas e buscar alternativas viáveis para gerir sua dívida externa. Além disso, a China também desempenha um papel crucial ao demonstrar flexibilidade e cooperação para encontrar soluções que beneficiem ambas as partes e contribuam para o desenvolvimento econômico e a estabilidade financeira da Venezuela.

                            La dependencia de Venezuela de los préstamos chinos, especialmente en el sector petrolero, ha generado importantes desafíos para la economía venezolana, planteando dudas sobre la sostenibilidad de la deuda y la soberanía financiera del país. Los métodos de pago de préstamos, incluido el uso de petróleo como garantía, reflejan la dinámica de las relaciones financieras entre China y Venezuela, influyendo en las políticas económicas y las perspectivas futuras de estos países.

                               Dada la complejidad de estos temas, es esencial que Venezuela busque diversificar sus fuentes de financiamiento y promover políticas económicas sostenibles para reducir su dependencia de los préstamos chinos. Además, es esencial que China y Venezuela trabajen juntos para asegurar la transparencia y sostenibilidad de las transacciones financieras, promoviendo una relación equilibrada y mutuamente beneficiosa.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRANDT, Carlos H.; PIÑA, (2018) Carlos Eduardo. Las relaciones Venezuela-China (2000-2018). Acceso en: 12-03-2024.

Ministerio de Relaciones Exteriores de Venezuela. (2010). Política de financiamiento de China en el sector petrolero venezolano (2000-2018). Cuadernos de Trabajo del CeChimex, 2019.

Piña, C. E. (2019). Inversiones y préstamos chinos en el sector petrolero venezolano (2000-2018). Cuadernos de Trabajo del CeChimex, 2019.

Ríos, X. (2009). China y Venezuela: Una amistad con reparos.

Quiroz Encinas, A. (s. f.). Venezuela: importancia geopolítica, geoestratégica y energética. Dirección de Inteligencia Energética-Subdirección de Investigación


sábado, 18 de maio de 2024

 MATERIALISMO 

ILENIA BEATRIZ NAVA ZAMBRANO




Desde el inicio de la humanidad, se ha observado el constante uso de tecnicas e estregias desde la caza, pesca y recoleccion hasta el invento de artefactos que les permitian realizar estas funciones. Estas tecnicas fueron y en la actualidad siguen siendo  la base de  evolucion y mejoramiento de la sociedad, con cada avance y tecnica usada que poco a poco se fueron convirtiendo en tecnologias y no solo en ese sentido el humano se fue desarrollando, no solo a nivel de las cosas que obtenian sino los conocimientos que se fueron adquiriendo, y de alli su naturaleza para pensar cuestionar, hacer hipotesis, y actuar, sobre un problema un fenome, un nuevo descubrimiento. 


De todos esos hechos y conocimientos adquiridos, los pensadores comienzan a formular teorias, dan sus puntos de vista sobre la vida, de alli nace la corriente del pensamiento filosofico mecanicista con sus precursores aristoteles con sus datos en cosmologia, y como lo fue newton con teorias, manejo de las ciencias naturales, quien proporciona mucha informacion de la mecanica y el movimiento, viendo el universo siempre relacionando con las aciones  del comprtamiento humano, dando un estado de accion mecanizado y correlacionado, entonces se propone que las cosas cuantificables, descriptibles, regidas  por los principio de las leyes de la fisica, son lo real, en un sentido propone el descarte de entidades esperituales.

Segun Newton  "Una inteligencia que, por un instante dado, conoce todas as fuerzas por las quales la naturaleza es animada y la respectiva estructura de los seres que a componen, si por otro lado ella fuese bastante amplia para submeter esos datos a el analisis, abarcaria en la misma fórmula los movimentos de los mayores curpos del universo y los de los mas leves atomos; nada seria incerto para ella, y el futuro como el pasado estarian presentes a sus ojos. Todos los esfuerzos del espíritu humano tienden a  aproximarse sin cesar de esta inteligencia que nostros acabamos de concebir, y de la cual permanecerá siempre infinitamente apartado."

Se propondria un mundo con afinidad hacia una maquina, una sistematizacion  regida por las leyes de la mecanica, donde todo funciona por los principios de la cusualidad, la causa y el efecto, un encapsulamiento de los sucesos, esto propone una mayor facilidad de estudio reduciendo todo el pensamiento a solo lo existente, y categorizando su comportamiento de manera fisica. 

Solo que esto no es algo ciertamente aplicable a los humanos, o en si a la mente humana, al pensamiento, no existe una manera de encanjar nuestro razocionio que no es algo fisicamente palpable. 

En la biologia las conexiones nerviosas, y el funcionamiento del organismo se prodria decir que en cierto aspecto si obedece algunas de estas leyes, lo que sentimos en respuesta a las condiciones exteriores como los cambios de temperatura, el dolor, a traves del sentido del tacto, la absorcion de nutrientes son reacciones (efectos), en respuesta a en estimulador externo (causa), las celulas son pequeñas fabricas con una maquinara entera para mantener la vida, pero los pensamientos generados, el conciente, el subconciente son cosas que no van determinadas solo por la mecanica, no tendria sentido decir que el pensamiento es mecanizado, cuando es tan astracto y hasta el dia de hoy no se termina de comprender, muchos pueden inclusive verlo como algo que viene dotado de una fuerza superior, o de cosas mas espirituales.

Durante este analisis nace la dialectica, como contradiccion del mecanismo, enfoncando su analisis en lo existente y lo astracto, considerando la conciencia como parte del todo, reformando el pensamiento de una capsula mecanica, a englobar lo astracto, lo espiritual, los pensadores que se guiaron por esta linea del pensamiento fueron karl marx, engels, Friedrich, la integracion de la conciencia al mundo fisico, una vision objetiva del espacio, tiempo donde todo lo existe se encuentra determinado por estas dos cosas no hay nada fuera del tiempo, no entes que no pertenezcan al especio, la conclusion todo lo que no coexiste en estos terminos es absurdo siquiera pensarlo, algunos de estos pensadores hicieron criticas directas a la religion y la religiosidad.

Cuadernos filosóficos (1915) “La dialéctica como conocimiento vivo, multilateral (con el número de aspectos siempre en aumento), de innumerables matices en el modo de abordar, de aproximarse a la realidad (con un sistema filosófico qué, de cada matiz, se desarrolla en un todo): he aquí el contenido inconmensurablemente rico, en comparación con el materialismo 'metafísico', cuya desgracia principal es la de no ser capaz de aplicar la dialéctica a la 'Teoría de Reflejo', al proceso y desarrollo del conocimiento”.

El mundo de lo real lo que hace al hombre, lo que el hombre es, su felicidad y vida junto con sus conexiones con la naturaleza, no estan determinadas por entes fuera del espacio tiempo, cada accion es algo real, ver una conexion, una guia o a lo que llamaron autoconciencia, ver al hombre y sus intenciones como algo astro, fuera de los limites, no debe ser considerado, el hombre no es astracto forma parte de la funcionalidad, la reliosidad es algo que el hombre creo formo y reformo para su propio consuelo. El hombre comenzo a enmascarar sus miserias, a no afrontarlas, perdio la objetividad, la logica, justificando sus faltas a seres divinos.


La conciencia esta ligada a lo material, a la naturaleza, sus reacciones no podemos desligarla de las bases fundamentales de la vida, los descrubimientos cientificos, las leyes naturales, desde los atomos hasta las estrtucturas macromoleculares, forman parte del espacio-tiempo, todas se correlacionan el hombre esta integrado por estas bases fundamentales, el creacionismo lo supernatural, se hace a un lado, en su lugar se ponen las cuestiones cientificas, lo demostrable lo real, porque ¿que es dios?, no se tiene ninguna evidencia de su existencia, algunos proponen que tampoco se tiene ninguna evidencia de que no existe, si estas supociciones se ponen en un contexto logico,  el pensamiento se ve inclinado hacia no existe evidencia, no se puede comprobar, no tiene argumentacion, entonces no existe, no es tangible.

Y como la conciencia encaja en este contexto, se ve como un reflejo de las acciones del hombre, las sensaciones, las emociones, todas son consecuencias de una accion realiazada, apesar de ser algo astracto se considera como algo extrapolable, pasando a ser parte del espacio-tiempo parte de la realidad y de lo natural. 

 Otra propocion un poco mas mas dificil de comprender que tambien deriva del reduccionismo es el materialismo emergente una vision de este pensamiento se propuso en “Mente y Sociedad” (1989): “El materialismo emergentista afirma que las funciones mentales son funciones de ciertas partes del cerebro del vertebrado superior (mamífero o ave). No se puede desprender la mente del cerebro, del mismo modo que no se puede disociar el caminar de las piernas, la circulación sanguínea del sistema cardiovascular, la respiración de los pulmones, o la digestión del sistema digestivo. Lo que existe en realidad no es ni el órgano sin función, ni la función sin el órgano, sino el órgano funcionante. La digestión es la función específica del sistema digestivo, la circulación sanguínea la del sistema cardiovascular, y las funciones mentales son funciones específicas del cerebro, es decir, procesos que sólo el cerebro puede realizar. En suma, percibimos, aprendemos, pensamos, nos emocionamos y desvariamos con el cerebro. Sin cerebro vivo y despierto no hay mente.” 

Tambien conocido como la emergencia, trata de la coneccion mente y cuerpo, su relacion no solo espiritual si no tambien biologica, el cuerpo como ente biologico y natural pero tambien asume un poco la espiritualidad, llegando a comprender o explicar el alma como parte natural de la existencia, cuantificable, como una sustancia biologica, asumiendola como parte de los procesos bioquimicos y neurologicos. Por otro lado proponiendo la separacion de los pensamientos, sensaciones, y sentimientos de lo fisico y de las leyes fisicas, pero que aun asi es consecuencia de los mismos. 

Desde un punto de vista mas biologico como otros autores lo propusieron: Los cambios en la naturaleza, son muy variados y notables una extensa biota cambiante adaptable, darwin fue uno de los que noto, relato, y publico la nocion de estos cambios, una riquesa de especies naturales, que emergen de sus distintos cambios y adaptabilides, que tienen como principios fundamentales la mutacion, la presion ambiental, la seleccion natural “la supervivencia de los mas actos”, donde de un patron original se van derivando una cantidad de caracteristicas geneticas, que son sometidas a la seleccion, si la caracterista es favorable y el individuo logra reproducirse, es una caracteristica que pasara a la siguiente generacion, y permaneciendo asi dentro de la poblacion, si apartir de un fenomeno digamos fisico natural, como lo es una grita que impida el paso de los indivuos y las caracteriscas optenidas son mas beneficiosas en un lado que en el otro, estas van a permanecer en uno pero del otro seguramente desapareceran creando asi una nueva especie emergente. 


En si el materialismo a pesar de sus distintas visiones, o linajes puede comprender la conexion existente entre entre el cuerpo y la conciencia como un solo ente mateial en un plano fisico, y si hay existencia de algun espiritu seria conceptualizado como un espiritu fisico que conforma parte del engranaje natural o como mente y alma como entes separados de un cuerpo fisico coexistiendo en el espacio tiempo

quinta-feira, 16 de maio de 2024



Projeto engenharia genetica e terapia genica Reduccion de la Exprecion de Gluten a Través de la Supresion de Genes por CRISPR/Cas9 y ARNi de γ-gliadinas y ω-gliadinas, en Tritordeum 


Ilenia Nava Zambrano


Resumen 

El trigo es una planta perteneciente a la familia de las Poaceae e al género Triticum. Una planta de distribución y cultivo, a nivel mundial, es uno de los alimentos de mayor importancia y alto consumo en la población, que junto con el maíz y el arroz son los granos más producidos. La harina de trigo es uno de los ingredientes alimentarios más importantes y contiene varios nutrientes esenciales, incluidas las proteínas, como el gluten. El gluten es uno de los principales componentes proteicos del trigo y está formado por glutenina Además de variar según las especies en estudio, la importancia de conocer esta proteína es porque a ella se asocian un conjunto de enfermedades denominadas conjuntamente enfermedades relacionadas con el gluten o (GRDs) por sus siglas en inglés. Las cuales incluyen la enfermedad celiaca asociada a los genes HLA-QD2 y QD8, y las sensibilidades no celiacas. El objetivo de este estudio es la producción de una variedad de trigo que mantenga propiedades parecidas a las del trigo convencionalmente, con una expresión baja gluten a través de la edición y silenciamiento génico. También de la represión de los genes de las γ- y ω-gliadinas localizadas en el brazo corto de los cromosomas 1A, 1B y 1D, por las dos técnicas descritas CRISPR/Cas9 y ARNi en específico miRNA, para la obtención de trigos con un menor impacto toxicos para las personas que presentan sensibilidad del tipo celiaca y no celiaca. La transformación de las semillas del trigo se realizan mediante infecciones con Agrobacterium tumefaciens cargadoras de plásmidos recombinantes, y biobalísticas con las secuencias de miARN. Uno de los retos más grandes encontrados en la modificación de variedades de trigo por métodos de supresión de genes es la dificultad para identificar subunidades de G–BPM y gliadinas (complejo loci Glu–3, Gli–1). 

Plabras clave : edicion genetica, CRISPR/Cas9; gliadinas; recombinantes; celiaca  


Introduccion 

          El trigo es una planta perteneciente a la familia de las Poaceae e al género Triticum, una planta de distribución y cultivo, a nivel mundial es uno de los alimentos de mayor importancia y alto consumo en la población, que junto con el maíz y el arroz son los granos más producidos, para el desarrollo de las plantas de trigo es importante que se mantenga una temperatura y sequía moderada, su teor proteico es alto, y su evolución tecnológica proporciono la definición de tipos conforme su uso más adecuado, 90% del que se produce es el trigo farináceo (Triticum aestivum), 5% se constituye del trigo duro (Triticum durum) cuya utilización se da para a fabricación de pastas y 5% de otros tipos (Triticum compactum y otros). ( Manfron. P rew, 1993)

         La harina de trigo es uno de los ingredientes alimentarios más importantes y contiene varios nutrientes esenciales, incluidas las proteínas. El gluten es uno de los principales componentes proteicos del trigo y está formado por glutenina (codificada en el cromosoma 1) y gliadina (codificada en los cromosomas 1 y 6) y hay alrededor de cien genes que lo codifican en el trigo (Rostami-Nejad, M., 2022). Además de variar según las especies en estudio, la importancia de conocer esta proteína es porque a ella se asocian un conjunto de enfermedades denominadas conjuntamente enfermedades relacionadas con el gluten o (GRDs) por sus siglas en inglés.

           Las cuales incluyen la enfermedad celiaca es una enfermedad global que se ha informado en Europa occidental y oriental, América del Norte, América del Sur, Asia, Oceanía y África, En una revisión sistemática y un metanálisis, se estimó que la seroprevalencia global y la prevalencia confirmada por biopsia de la ECe eran del 1,4% y el 0,7%, respectivamente. La seroprevalencia de CeD en los EE. UU. según las Encuestas Nacionales de Examen de Salud y Nutrición (NHANES) fue del 0,7% y, de acuerdo con una variedad de estudios de población de todo el mundo, mostró que la mayoría de los casos permanecen sin diagnosticar en la comunidad (Tye-Din J., 2018).

             Es una enfermedad autoinmune, las personas prepuestas presentan los alelos de los genes HLA-QD2 y HLA-QD8, aun así llevar los genes no implica el desarrollo de la enfermedad, la detección de la enfermedad se realiza a través de biopsias tomadas del intestino donde se demuestren vellosidades atrofiadas, hiperplasia de las crestas, presencia de anticuerpos circundantes específicos, contra la transglutaminasa tisular (tTG), los péptidos de gliadina desamidados (DGP) y el endomisio (Tye-Din J., 2018).

             Además de las complicaciones comunes de la enfermedad, se han realizados estudios que la asocian a otras enfermedades autoinmunes como la diabetes Tipo 1 y el hipertiroidismo, y también se asocia a cáncer en el intestino. 

               Sensibilidad al gluten no celiaca: es una sensibilidad que aún no ha sido 100% dilucidada, la primera persona en hablar sobre esta sensibilidad fue ellis and linkarde en 1978, y estudios recientes han demostrado que los FODMAPs (oligosacáridos, monosacáridos, disacáridos y polioles fermentables) y algunas NGP del trigo, como los ATIs, parecen activar el sistema inmunitario innato y, por lo tanto, desempeñan cierto papel en la sensibilidad No-celiaca según (Leon, S. 2020). 

          En la actualidad no existe ningún tipo de tratamiento para la enfermedad celiaca y las sensibilidades no celiacas, por lo que la única opción recomendable es una dieta libre de gluten de por vida, algunos estudios realizados recientemente, han demostrado que las personas con sensibilidad no celiaca pueden llegar a tener una tolerancia (que difiere para cada persona), al gluten. El aumento creciente de los diagnósticos de estas enfermedades causan un gran impacto económico en las empresas alimenticias y de bebidas que contienen gluten como el pan, la cerveza, alimentos que contiene (cebada, y centeno), también como el aumento en la demanda de alimentos libres de gluten.

                   El desarrollo de cereales desprovistos de epítopos inmunogénicos es una posibilidad muy atractiva. Desafortunadamente este objetivo es casi imposible de alcanzar mediante mejora genética vegetal clásica, debido al alto número de copias de los genes que codifican para las proteínas del gluten y su elevada complejidad. (Leon, S. 2020). Por lo que las estrategias que se abordan para este tipo de mejoramiento no son las herramientas clasicas del mejoramiento vegetal, si no que se abordan tecnicas biotecnologicas mas modernas, tambien la posibilidad de usar variedades de trigo que carecen del gen D, el cual fue denominado tritodeum.

                   Las tecnicas que se han estado intentando abordar para superar las compliaciones que se han presentado son CRISPR/Cas9, y los ARNi con regiones especificas de silenciamiento en secuencias especificas para los ARNm de las gliadinas, segun (Pradanos V., 2012) Los resultados obtenidos muestran que la eliminación de α/βgliadina disminuye la presencia de epítopos que estimulan células T, pero también afecta negativamente a las propiedades tecnológicas de la harina. Sin embargo, la reducción de los niveles de γ-gliadina y ω-gliadina/LMW-glutenina mantiene estas propiedades a la vez que reduce la presencia de epítopos. 

                       CRISPR este sistema fue descrito en 1987 por el investigador de la Universidad de Osaka Yoshizumi Ishino, como parte del sistema de defensa en bacterias, este sistema traba junto con la enzima endonucleasa Cas9, su funcionamiento fue descrito más tarde por francisco mujica en España, donde demostro que CRISPR es usa para el clivaje del ADN exogeno, la cual es guiada por una secuencia de RNA que se parea con el ADN alvo, CRISPR está constituida por sistema palíndromico cortas con secuencias de separación, estos espacios pueden de separación son ocupados por secuencias de los bacteriófagos que más tarde son usados para el reconocimiento y fabricación de un ARN guía que será utilizado para la degradación de AND exógeno de secuencia similar a la del fago con el que estuvo en contacto anteriormente. A partir de estos, CRISPR se volvió una herramienta de interés en la edición de genes, no solo bacteriano, sino que se comenzó a usar para la edición de genes de secuencia conocida, induciendo la ligación con CRISPR para luego obtener el ADN guía para Cas9, y así eliminar, modificar, mutar, o silencia la secuencia del gen alvo.

                       Según (Noriega, D. 2016), el ARN de interferencia (ARNi), es una molécula de ARN de doble cadena, utilizada para suprimir la expresión de genes ampliamente distribuidos en eucariotas, existen diferentes tipos de ARNi, algunos de ellos son miRNA, siRNA que presentan un efecto de ribointerferencia impidiendo la traducción de ARNm a proteínas, estos mecanismos pueden estar presentes de manera endógena en las plantas, la secuencia de ARNi es complementar idéntica o prácticamente idéntica a la secuencia de genética alvo, induciendo el corte directamente a través del complejo RISC, actuando como protector contra patógenos, y transposones. El ARNi se considera una herramienta biotecnológica eficaz para silenciar la expresión de genes de microorganismos fitopatógenos (Gamero, M. 2023). En animales este proceso es más complejo y divergente en el silenciamiento del ARNm alvo. 

                          Materiales y Metodologia 

 Termociclador 

 incubadoras, 

 autoclaves 

 pipetas 

 Electroporador 

 Cartuchos de biolística

  Microproyectiles (generalmente de oro o tungsteno) recubiertos con el miARN. 

 Dispositivo de biolística 

 Tubos de recolección para las semillas bombardeada

  materiales para PCR 

 Secuencia CRISPR

  Enzima Cas9

  Plasmido 

 Tritordeum

  miARNs

  Promotor

  fragmentos de las secuencias de los genes alvo de γ-gliadina y ωgliadina/LMW-glutenina  

        Metodos 

        Inicialmente, la variedad escogida de trigo para la investigación es un cereal derivado del cruce entre una especie de cebada silvestre y un trigo duro del género Tritordeum, ya que a diferencia de otros trigos, este posee únicamente los cromosomas AABB, perdida de los DD por hibridación, por lo que ya presenta una baja expresión de la γgliadina y ω-gliadina, los genes que codifican para estas proteínas pertenecen a los locus Glu-3 y Glu-1 localizados en los cromosomas 1A y 1B.

          La purificación del ADN se realiza por protocolos documentados en (Zerene, M.,2000), y que fue descrito por Saghai-Maroof et al. (1984).

            La secuencias de los microsatélites se obtuvieron a través de la descripción de los mismos en Zerene M. 2000, los cuales serán usados para la síntesis de las secuencias de miRNAs en la técnica de silenciamiento, y las secuencias ARNg para el método de CRISPR/Cas9 

locus de γ -gliadina:

 F1: 5’ - GCA GAC CTG TGT CAT TGG TC -3’ (20-mer) 

R1: 5’ - GAT ATA GTG GCA GCA GGA TAC G -3’ (22-mer) 

locus de ω-gliadina o glutenina de bajo peso molecular (LMWG):

 P1: 5’ - TCC CGC CAT GAG TCA ATC -3’ (21-mer)

 P2: 5’ - TTG GGA GAC ACA TTG GCC -3’ (21-mer)

                    Estas secuencias son amplificadas por tecnica de PCR, los reactivos usados en la tecnica de PCR -Taq DNA polimerase (thermo-stable DNA polimerase), - [ ] de Mg2+ e dNTPs), pode favorecer a interrupção da polimerização, -1-2,5 U/reação de 50 , Em geral são fornecidas conjuntamente com solução-tampão (composição pode varia com o fabricante) e Inibidores da enzima Taq: fenol, Proteinase K, Agentes quelantes em excesso, (EDTA), SDS, elevadas concentrações de sal, primers.

                    Protocolo básico

                 DNA molde 10 - 100 ng, dNTPs 200 μM, Primers (cada) 1 – 10 μM, Tampão 50 mM, MgCl2 2,5 mM, Taq DNA polimerase 1 – 2,5 U.

              Después de una denaturación inicial a 94ºC por 5 min, las muestras fueron amplificadas de acuerdo al siguiente perfil térmico: 30 ciclos de un minuto a 94ºC (denaturación), un minuto de unión de partidores a 55ºC (partidores F1/R1) o 60ºC (partidores P1/P2), y 2 min de extensión a 72ºC.

                 Fabricacion de plasmidos para la introduccion de la secuencia genetica de la enzima Cas9 extraida de Streptococcus pyogenes, y amplificada por PCR, el plamido debe estar provisto de un promotor, la secuencia de ARNg 

5’ - TCC CGC CAT GAG TCA ATC -3 ADN 

5’ – AGG GCG GUA CUC AGU UAG 3’ ARNg

                      Una secuencia marcadora de restincia a antibiotico para diferenciar, y aislar a las celulas que portaran el plasmido. 

                       Inicialmente se digiere el plasmido con enzimas de restriccion endonucleasa en los sitios de interes compatibles con la secuencia del gen codificante para Cas9, ARNg y se juntan con los componentes, que son ligados por una enzima ligasa que compondran el plamido recombinante de interes. 

                La amplificacion y maxificacion de los plasmidos es un proceso realizado en bacterias Agrobacterium tumefaciens las cuales deben ser competentes, los plamisdos se introducen por electroporacion y se ponen a crecer en medio de cultivo por un tiempo de 24horas o hasta que alcance la densidad optica adecuada de 0.6 a 0.8 a 600nm, luego se realiza una caracterizacion por medios electroforeticos.

                       Infeccion de las semillas de tritordeum 

                 Se mezclan las semillas del trigo de mejor calidad y libre de patogenos con la suspencion de A. tumefaciens, incubandolas a una temperatura 20-25 grados temperatura en la que la bacteria tiene una mejor eficiencia de crecimiento, y a una humedad del 80%. 

             Las semillas infectadas se dejan crecer en un medio de cultivo con todos los nutrientes necesarios junto con un antibiotico de seleccion.

ω-gliadina o glutenina de bajo peso molecular (LMWG), por ARNi identificar las secuencias de ADN que se quieren suprimir 

P1: 5’ - TCC CGC CAT GAG TCA ATC -3’ 

P2: 5’ - TTG GGA GAC ACA TTG GCC -3 

ARNm Alvo

 P1: AGG GCG GUA CUC AGU UAG

 P2: AAC CCU CUG UGU AAC CGG 

miARN complementar 

P1: UCC CGC CAU GAG UCA AUC 

P2: UUG GGA GAC ACA UUG GCC

 Luego se amplifican las secuencias de miARN por la tecnica de PCR. 

Finalmente la introduccion de los miARN se realiza por biobalistica 

Preparación de semillas:

 Las semillas de tritordeum deben estar limpias, libres de patogenos y secas antes de comenzar el proceso.

             Se procede a recubrir los microproyectiles con el miARN con oro o tungsteno y se recúbren con el miARN de ω-gliadina. Esto se logra aplicando una solución de miARN a las partículas de microproyectiles y dejando que se sequen. Carga los microproyectiles recubiertos con el miARN en los cartuchos de biolística. Usando una cantidad específica de microproyectiles para cada disparo. Las semillas se colocaran en un soporte adecuado (como una placa de Petri) para facilitar la exposición a los microproyectiles. Fase de bombardeo el soporte con las semillas se coloca en la cámara de bombardeo, se disparan los cartuchos cargados con microproyectiles recubiertos con miARN hacia las semillas.

              Los microproyectiles penetrarán en las células de las semillas, liberando el miARN en el interior de las células. Después del bombardeo, se recoge las semillas bombardeadas y colócalas en un medio de cultivo adecuado para su germinación y crecimiento. Este medio debe proporcionar los nutrientes necesarios para el desarrollo de las plántulas, como lo es el medio de cultivo Medio MS (Murashige y Skoog).

                   Consideraciones finales 

               Las γ- y ω-gliadinas contienen los epítopos principales y clínicamente más relevantes. También se denominan epítopos inmunodominantes, ya que la mayoría de los pacientes con EC que expresan HLA-DQ2. responden a los epítopos, DQ2.5-glia-ω1 y DQ2.5- glia-ω2 (Jouanin, A, 2020), el objetivo de la represion de los genes de las γ- y ωgliadinas por las dos tecnicas descritas CRISPR/Cas9 y ARNi en especifico miRNA, para la obtencion de trigos con un menor impacto toxicos para las personas que presentan sensibilidad del tipo celiaca y no celiaca, segun Rodigo L., 2013, estas líneas podrían servir de base para tratar otras patologías relacionadas con el gluten como son la anafilaxis dependiente de ejercicio físico y la sensibilidad al gluten.

                 En algunos estudios se domostro que las gliadias del tipo γ- y ω pueden ser suprimidos sin causar grandes alteraciones en las propiedades elasticas del trigo, con tritordeum sugiere que este nuevo cereal podría ser tolerado al menos por un subconjunto de pacientes con NCGS que no requieren la exclusión estricta del gluten y que así podrían beneficiarse de sus mejores propiedades organolépticas y nutricionales. Por lo que la edicion de los genes es esta especie podria aumentar el rango de personas que puedan consumirlo.

                   La tecnica CRISPR/Cas9 no es 100% especifica por lo que se deben realizar las pruebas de comprovacion para saber si la tecnica se realizo de manera efectiva, y realizar todos los protocologor de etica y bioseguridad pruebas de laboratorio en cultivos de tejidos que permitan evaluar las caractericas y reacciones de los tejidos en presencia de los granos de trigo modificados.

                   Limitaciones encontradas en la edicion de genes 

             Uno de los retos mas grandes encontrados en la modificacion de variedades de trigo por metodos de supresion de genes es la difícultad para identificar subunidades de G–BPM y gliadinas (complejo loci Glu–3 y Gli–1) en geles de poliacrilamida, en presencia de dodecil sulfato de sodio, debido a la cantidad de genes (35 a 40) que conforman el loci Glu–3 hay ligamiento genético entre las G–BPM (locus Glu–3) y (ω–gliadinas (locus Gli–1), localizadas en el brazo corto de los cromosomas 1A, 1B y 1D.

                  Cronograma 

Actividad                                                                tiempo

Escoger semillas de calidad                                    1 semana  

Adecuacion de las semillas                                       2 semanas 

Purificacion de las secuencia y pruebas de pureza    3 semanas 

Fabricacion de plasmidos recombinantes                   2 semanas 

Amplificacion de los plasmidos en A. tumefaciens,     3 semanas 

Seleccion de colonias recombinantes                           2 semanas

 Pruebas de verificacion de plasmidios recombinantes  1 semana

 Infeccion de las semillas                                              1 semana

 Crescimiento de las plantulas recombinantes               12 semanas

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